Sinistros de veiculos são um tema frequentemente discutido entre os profissionais automotivos. Comumente, surgem dúvidas e debates sobre o que constitui um sinistro, quem pode classificá-lo e quais são os níveis de sinistro. Este guia visa esclarecer esses pontos e oferecer um entendimento abrangente sobre o assunto.
O que é Sinistro de Veiculos?
Sinistro é qualquer evento que cause dano ou avaria a um veículo. Desde uma simples quebra de retrovisor até um acidente grave que pode envolver pessoas ou outros veículos, qualquer tipo de dano é considerado um sinistro.
Quando você está comprando um veículo usado, a palavra sinistro não é só um detalhe técnico de seguradora: ela impacta preço, facilidade de revenda, aceitação em seguradoras e até a confiança na negociação. Dois carros podem ser idênticos por fora, com o mesmo ano, modelo e quilometragem, mas terem histórias completamente diferentes, um nunca bateu, o outro foi reparado depois de uma colisão forte.
É aqui que entra a importância de entender o tipo de sinistro e de consultar o histórico completo pela placa. Saber se o dano foi leve, médio ou se houve perda total ajuda a responder a pergunta que realmente importa: “Esse carro ainda vale o preço que estão pedindo?”.

Tipos de Sinistros de Veiculos
Na prática, não é só “se teve sinistro ou não” que faz diferença, mas qual tipo de sinistro e como o carro foi recuperado.
Um veículo que sofreu um pequeno dano de para-choque e foi bem reparado tem um impacto completamente diferente de um carro que passou por enchente com água acima do painel ou por colisão forte de estrutura.
Por isso, ao olhar um histórico de sinistros, o foco não deve ser apenas fugir de qualquer ocorrência, e sim entender a gravidade, a qualidade do reparo e o reflexo disso no valor de mercado.
Basicamente os Sinistros podem se dividir em categorias específicas, vejamos cada uma delas:
1-Causas Naturais: São aqueles sinistros provocados por acidentes e questões naturais exemplo: Queda de árvores, raios, tempestades, enchente, temporais, vendavais, incêndios, entre outros.
2-Acidentes e Batidas de Trânsito: São aqueles sinistros provocados por colisão, batidas e acidentes em vias urbanas ou rurais.
3-Danos a Terceiros: São aqueles sinistros que envolvem danos a uma outra pessoa.
4- Roubo ou Furto: São aqueles sinistros em que o veículo é roubado ou furtado e não é recuperado
Compreender o conceito e tipo de sinistro é essencial para avaliar os danos de um veículo e tomar as medidas adequadas para reparo e compensação.

Quem Avalia o Dano de Sinistro?
A ocorrência de sinistros pode ser avaliada por 2 (duas) personas: Agente de Trânsito ou Seguradora quando existir seguro.
Agente de Trânsito: De acordo com a Resolução 810/2020 do CONTRAN, o agente de trânsito é o principal responsável por avaliar e classificar os danos de um sinistro.
Ele preenche o Boletim de Acidente de Trânsito (BAT) e registra os danos observados.
São considerados agentes de transito servidor civil efetivo de carreira do órgão ou entidade executivos de trânsito ou rodoviário, com as atribuições de educação, operação e fiscalização de trânsito, podendo ser policiais militares, civis ou federais, guardas municipais e agentes rodoviários.
A legislação de cada Estado irá definir o papel e função do agente de transito.
Seguradoras: Quando o veículo possui seguro e o proprietário aciona a seguradora, esta também tem a prerrogativa de avaliar e classificar os danos.
A seguradora segue critérios estabelecidos para determinar a extensão do sinistro e cada uma tem a sua regra própria.
Um ponto que gera muita confusão é que nem todo sinistro vai aparecer igual em todos os lugares. A seguradora classifica o dano com base no orçamento e nas políticas internas dela; já o agente de trânsito ou o Detran seguem critérios técnicos e legais próprios (como a Resolução 810/2020 do Contran, que trata de pequena, média e grande monta).
Isso significa que um veículo pode ter sido considerado “perda total” pela seguradora por questão de custo–benefício, mas, para o Detran, ser tratado como reparável e voltar a rodar depois de vistoria e CSV (Certificado de Segurança Veicular).
Na consulta pela placa, a Trakcar cruza essas informações para mostrar o que aconteceu, quem classificou e como isso aparece (ou não) no documento, evitando interpretações erradas só pelo rótulo “sinistro”.
Níveis de Sinistro
Os sinistros são classificados em níveis diferentes de acordo com o tipo de dano e quantidade de peças afetadas, podendo ser Pequena Monta, Média Monta ou Grande monta, vamos a explicação de cada uma delas:
Sinistro de Pequena Monta: Ocorre quando há zero ou até 1(um) item danificado no veículo. Estes danos podem ser uma quebra de para choque, quebra de um retrovisor, faróis, lanternas etc.
Normalmente está relacionado a pequenos danos que não causam maiores problemas ao veículo e são de fácil reparação, não ficando registrado nenhuma ocorrência no histórico ou travamento da documentação para regularização.
Sinistro de Média Monta: Ocorre quando há de 2(duas) até 6(seis) peças danificadas no veículo.
Neste tipo, os danos são maiores e mais complexos, podendo afetar a parte estrutural do chassi.
São danos mais graves que precisam de maior atenção ao seu reparo, já que não basta uma simples troca de peças.
Neste tipo de dano, se faz necessário realizar uma vistoria de segurança (Vistoria Certificado de Segurança Veicular-CSV) após o conserto para saber se o veículo foi devidamente reparado de acordo com os padrões exigidos pelo fabricante e órgãos de transito para poder voltar a circular normalmente sem colocar em risco a segurança de seus ocupantes e demais pessoas.
Sinistro de Grande Monta: É considerado o Sinistro mais grave e ocorre quando mais de seis itens ou partes do veículo foram danificados.
O dano é tão grave que se torna inviável sua recuperação, não podendo mais retornar a circulação, sendo dado a chamada Perda Total.
Neste caso, é solicitado a Baixa permanente do veículo se tornando sucata.
Do ponto de vista de quem vai comprar, o impacto desses níveis é bem diferente:
- Pequena monta: costuma afetar pouco o valor de mercado quando o reparo é bem feito. Ainda assim, é importante checar se não houve “maquiagem” e se o laudo/CSV confere com a realidade do carro.
- Média monta: exige atenção redobrada. Em geral, o veículo passa por inspeção e pode voltar a rodar, mas costuma ter desvalorização maior e restrições ou prêmios mais altos em seguradoras.
- Grande monta / perda total estrutural: aqui, a regra prática da Trakcar é simples: não comprar. Normalmente o carro deve ser baixado, e qualquer tentativa de retorno à circulação representa risco alto de segurança e problemas legais.
Esse tipo de leitura mais profunda nem sempre aparece em anúncios ou conversas com o vendedor. Ela surge quando você combina laudos, documento e consulta de histórico em uma análise única, como fazemos na Trakcar.

Procedimento para Classificação de Sinistros
Com Agente de Trânsito: O agente de trânsito preenche o BAT (Boletim de Acidente de Trânsito) e realiza a classificação conforme os danos observados.
Após a classificação e preenchimento, este boletim é levado ao detran para serem tomadas as devidas providências legais de recuperação e liberação da documentação.
Com Seguradora: Na ausência de um agente de trânsito, a classificação de sinistro pode não ser registrada imediatamente, e a seguradora pode assumir essa função quando acionada pelo segurado.
A seguradora tem as mesmas responsabilidades de classificar os níveis de dano do veículo, porém, estabelece regras próprias de indenização parcial ou total de acordo com a apólice contratada.
Por que consultar sinistros pela placa antes de comprar?
Antes de decidir se vale a pena negociar um carro com sinistro, você precisa enxergar o filme completo, não só uma foto isolada. Só olhar o documento não basta: muitos sinistros não aparecem de forma clara no CRLV, e nem todo anúncio informa exatamente o que aconteceu com o veículo.
Ao consultar a placa na Trakcar, você consegue:
- Ver se o veículo já teve sinistro registrado por seguradora, Detran ou bases privadas.
- Entender se há indícios de média ou grande monta, mesmo quando isso não está escancarado no documento.
- Avaliar se o histórico é compatível com o preço pedido, evitando pagar valor de carro “perfeito” em um veículo claramente desvalorizado.
- Decidir com mais segurança se vale a pena fugir desse carro ou negociar um preço justo, sabendo exatamente o que aconteceu.
Em vez de tratar todo veículo com sinistro como vilão ou fechar os olhos para qualquer anotação, a ideia é usar a informação certa para fazer um negócio consciente, com o histórico completo na mão antes de transferir um centavo.
Quer saber se o veículo já teve um Sinistro registrado? Faça uma consulta agora clicando aqui!
Conclusão
A correta compreensão e classificação dos sinistros são fundamentais para garantir a segurança e conformidade legal dos veículos.
Seja através do agente de trânsito ou da seguradora, entender os critérios de avaliação e os níveis de sinistro é crucial para todos os envolvidos no setor automotivo.
Se você está comprando ou vendendo um veículo e deseja saber se houve alguma ocorrência de sinistro registrado em seu histórico, é fundamental realizar uma consulta veicular completa pela placa para saber identificar os tipos de danos e sinistros que um veiculo sofreu e melhorar ainda mais a sua negociação sabendo efetivamente o que está negociando.
No fim das contas, sinistro não é sentença de morte automática, mas um capítulo importante da história do veículo. Alguns casos são perfeitamente aceitáveis (e até oportunidade de pagar menos); outros são um verdadeiro sinal vermelho.
A diferença está em quanto você sabe sobre o passado desse carro.
Se antes de comprar você olhar o histórico completo pela placa e entender que tipo de sinistro existiu, quem classificou e como o carro foi recuperado, a chance de cair em cilada diminui drasticamente.



